Halloween! Ou melhor, era!! A data já passou, aquele feriadinho gringo que faz a molecada se vestir de monstro, fantasma, vampiro, Jason, e tudo mais que seja variante daquilo que nós humanos mortais conhecemos como “As Trevas”!! Bizarro não?
Eu não estaria exagerando se dissesse que lá nos States, essa data equivale a um Dia de São João pra gente, onde nos vestimos ridiculamente de caipiras, pintamos a cara, enchemos a lata e vamos todos bêbados pular fogueiras!
Claro, a comemoração desta data não tem absolutamente nenhuma ligação com nós brasileiros, mas eu confesso que o tema dela é muito sugestivo: trevas, criaturas malignas, demônios, fantasmas… Resumindo, é toda aquela leva de coisas do além que eu adoro mandar de volta para o além quando estou com o gamepad em mãos! E existem dezenas de jogos que se enquadram nessa descrição sinistra, clássicos que vem nos desafiando desde Ghost’n Goblins ou Castlevania, com suas inúmeras e difíceis continuações cheias de demônios e zumbis loucos para te mandar pros quintos.
Então, em clima de Halloween, o RETROPLAYERS traz para vocês o especial da série de games mais BIZARRA E SANGRENTA de todos os tempo, a série que forçou o mundo a criar o CONTROLE DE CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA para games, detentora de cartuchos que se a gente desse uma torcida, acabaria com o problema de falta de doadores nos bancos de sangue do Brasil. Obviamente, caros amigos, que estou falando de SPLATTERHOUSE, a série de jogos eletrônicos com mais cara de Halloween que existe.
SPLATTERHOUSE (Arcade/PcEngine)
SplatterHouse é uma série de jogos sem igual, nada é parecido com ela. A história toda durou 3 capítulos e se iniciou nos arcades japoneses em 1988, que é de onde são as fotos seguintes. Seu sucesso naquele restinho dos anos 80 garantiu o sucesso da franquia durante toda a década de 90, o que rendeu mais duas continuações e várias conversões para diversos consoles, dentre eles, o Mega Drive e o PC Engine/Turbografx16.
No comando de Rick (que é a cara do Jason), nós avançamos por fases repletas de pedaços e restos das mais variadas ex-formas de vida, e durante a aventura, nós o ajudamos a redecorar o cenário com toneladas de entranhas de monstros, cabeças de zumbis esmagadas, sangue suficiente pra encher uns 3 caminhões pipa, e tudo mais que a sua mente doentia puder imaginar ou não, pois acredite: tem coisa nesses jogos que você com certeza nem imagina!
A história toda começa da seguinte maneira: no melhor estilo filme B de terror adolescente, um casal de estudantes de parapsicologia decide ir passar algumas noites em uma mansão dita como assombrada, chamada West Mansion, no intuito de fazer uma matéria sobre os acontecimentos passados da casa, como o sumiço de curiosos que se aproximavam do local, coisas estranhas vistas nas redondezas, e demais bizarrices do tipo pânico, que fizeram com que a mansão adquirisse o apelido de SplatterHouse pelos moradores dos povoados próximos, que não se atreviam a se quer chegar perto da dita cuja.
Conta-se que o antigo dono do local, um cientista chamado Dr. West, fazia regularmente experiências bem macabras nos subterrâneos da mansão, mas o povo local acreditava que o que ele realmente praticava era algo mais próximo do ocultismo e da magia negra, usando o seu título de cientista apenas como fachada para encobrir os seus rituais. O casal de estudantes atendiam pelo nome de Rick e Jennifer, e ao chegarem perto do seu destino, uma tempestade digna de cinema-catástrofe começa, fazendo com que eles se apressem em entrar no local. Mal sabem eles que aquilo era parte de um último ritual que necessitava do sacrifício de uma mulher, e ao entrarem na mansão, imediatamente a porta se fecha atrás de Rick, que é atingido na cabeça por algo enquanto escuta o grito de pavor de sua namorada.
Rick acorda algum tempo depois envolto a uma poça de sangue, provavelmente o seu mesmo, e com uma Máscara em seu rosto. Ele percebe que está mais forte, mais ágil, pra resumir, ele virou o JASON, e agora Rick vai aproveitar essa força para desbravar a mansão em busca de Jennifer, dilacerando e esmagando pelo caminho as mais variadas e nojentas criaturas do inferno.
Assim começa o tormento de Rick, que se verá incapaz de se livrar facilmente da máscara e das criaturas nojentas e babonas das trevas, em uma história de terror, ação, suspense, e toneladas de cadáveres ensanguentados de criaturas mutantes.
O primeiro game da série, pouquíssima gente no Brasil jogou. Eu mesmo nunca tinha jogado, pois era dificílimo achar algum fliperama que tivesse o arcade. Terminei a pouco tempo no emulador de Pc Engine, e as fotos daqui pra frente são desta versão. A propósito, o original de arcade foi o primeiro jogo da história a ter um selo de classificação etária! Também pudera: o nível de violência e terror do jogo era algo nunca visto na época, que realmente chocava (e viciava) a molecada que jogava. Assim o game apresentava uma mensagem de censura nos arcades que dizia Não recomendável à menores de 18 anos. E daí pra frente virou festa: todos os jogos eletrônicos sangrentos feitos para Arcade deveriam agora conter um indicativo de censura. Pois é, Splatterhouse é quem deu inicio à classificação etária no mundo dos videogames! Quem é Mortal Kombat na fila do pão?
O jogo, assim como o original de arcade, se trata de um beat’n up de scroll lateral, onde a gente se arma com qualquer coisa que estiver ao alcance das mãos: pedaços de madeira, tacos de baseball, canos, espingardas, e usamos tudo isso para arrebentar os corpos decompostos das criaturas que aparecem em nosso caminho. Mas se faltar o que pegar, Rick manda muito bem na porrada também, desferindo poderosos socos e chutes nos monstrengos, que geralmente explodem ou caem abertos no chão com as entranhas à mostra derramando litros de sangue… É uma nojeira só!
Atenção SPOILLER NO PARÁGRAFO: Ao final do game, Rick não tem sucesso em sua missão de salvar Jennifer, que é transformada em um monstrengo pelo ritual que estava em andamento na mansão, e acaba tendo que detonar sua amada, pois julgou que esta seria a melhor forma de não fazê-la sofrer mais. A mansão vem a baixo, e a máscara finalmente se desprende do rosto de Rick, que volta ao seu estado de humano normal. A máscara se estilhaça ao cair no chão, e desolado, o herói faz seu caminho de volta em meio às ruínas da mansão.
Splatterhouse marcou época como um dos jogos mais bizarros e violentos que já se viu, mas também, nunca foi tão divertido arrebentar com monstros como nesse game. Fora o original de Arcade, vale lembrar que ele foi lançado também para um tal de FM Towns Marty (Um videogame da Fujitsu que era a versão console de um PC de mesa chamado Fujitsu FM Towns, e que nunca saiu do Japão), PC Engine (versão japa do videogame da NEC, foi a que eu joguei) e Turbografix 16 (versão americana do Pc Engine).
As versões de Arcade e PcEngine/Turbografix são praticamente o mesmo game só que com as devidas diferenças gráficas à favor do Arcade, dado o poderio superior que esta plataforma apresentava na época quando comparada a qualquer console de mesa popular. Já entre as duas versões da NEC, as únicas diferenças eram o design e a cor da máscara que na versão americana, mudou de branca para vermelha talvez para evitar algum problema com direitos autorais, pois o personagem do game, como eu já disse, é a cara do JASON e age como o tal. Também um dos líderes, que no original de arcade e na versão japa era uma cruz invertida, foi substituído por um olho demoníaco para evitar problemas com a religião ocidental. Obviamente também que o game ficou com uma dificuldade mais balanceada na versão PC Engine/Turbografix, onde a gente começa com mais energia e ainda recupera um pouco quando passa de fase, diferente da versão original que era feita exclusivamente para te fazer perder fichas e mais fichas.
SplatterHouse É um excelente game! Gostaria muito que ele tivesse saído também para Mega Drive, pois assim eu teria jogado a saga toda na época mesmo. E olha que o tempo foi mais que suficiente para que a Namco fizesse um port para o console da Sega, pois a sua segunda parte só foi sair 4 anos depois.
SPLATTERHOUSE II
Somente quatro anos depois, em 1992, é que a Namco resolveu lançar o segundo game da série Splatterhouse, e a felizarda do momento foi a SEGA, que recebeu o jogo com exclusividade no Mega Drive. O game não foi lançado nem para PC Engine e nem para Arcade, pois o gênero já não estava mais tão em evidência assim nos fliperamas daquela época: só pipocavam arcades e mais arcades de luta e corrida. Já quanto ao videogame da Nec, não se sabe ao certo o por quê da decisão da Namco não ter desenvolvido uma versão para ele, que ele possuía uma excelente versão do primeiro jogo, e ia muito bem de vendas no Japão.
A história deste capítulo: haviam se passado três meses desde a morte de Jennifer, tempo que Rick passou se corroendo em remorso por não ter conseguido salvá-la. Rick tem pesadelos constantes com o acontecido na mansão, e em um deles, a máscara que se despedaçou ao término do primeiro game aparece refeita. A partir deste dia, Rick passa a ser atormentado pela máscara em seus pesadelos, onde ela repete constantemente frases do tipo “ela não precisa morrer”, “nós podemos salvá-la”, “só eu posso lhe dar o poder para isso”, “volte para a mansão, ela está te esperando lá”, “VOCÊ PRECISA DE MIM”… Sinistro!!
Rick então resolve partir para onde ficava a mansão, aceitando a possibilidade de que seus sonhos possam ser reais, mas ele perde a consciência no meio do caminho e quando acorda, se vê caído entre as ruínas da mansão já com a máscara enfiada na cara e sem saber como foi parar lá. Novamente ele se torna o trator humano destruidor de mutantes do além, e parte a procura de uma tal de Casa Oculta, que de acordo com a máscara, é onde estará Jennifer.
Este jogo foi o primeiro Splatterhouse que eu joguei, e confesso que virei fã instantâneo da série. Depois de jogar o primeiro capítulo no PC Engine, que saiu mais barato do que as milhares de fichas que eu precisaria gastar para terminar no Mame, posso dizer que Splatterhouse II segue à risca a mesma fórmula do original: ação lateral com muita dificuldade, toneladas de inimigos mutantes e criaturas das trevas, um monte de armas para se colecionar desde facões de cozinha à serras elétricas, e os mesmos 3 caminhões pipa de sangue, talvez 4 dessa vez. A diferença mais marcante, por incrível que pareça, é a mascara, que está em formato de caveira, e não mais de máscara de hockey.
O game também faz referências a muitos inimigos do primeiro jogo, e os caras estavam com a imaginação a flor da pele quando criaram as criaturas deste episódio: algumas muito mais bizarras que os do seu antecessor, com partes costuradas de monstros diferentes, pseudo-aliens parecidos demais com os filhotes de alienígenas do filme ALIENS, que saem da barriga de cadáveres pendurados, coisa e tal. Graficamente o game é muito bom, bem mais detalhado que as versões anteriores do primeiro capítulo, até mesmo que a do Arcade, estando bem acima do padrão Mega Drive da época. Os detalhes macabros dos cenários te prendem e chamam muito a atenção, foram adicionadas algumas cut-cenes básicas entre as fases para explicar a história que ficaram bem legais, e agora da pra se anotar PASSWORDS que ajudam muito, principalmente nas fases finais do game que são bem difíceis.
Atenção SPOILLER NO PARÁGRAFO: Ao final do game, Rick e consegue resgatar Jennifer do Mundo dos Mortos, espanca mais uns coitados que teimaram em vir atrás dele, a mansão entra em colapso, a mascara explode (de novo) e o casal volta pra casa tão feliz que resolvem tirar o atraso, que resulta em um filho que já aparece em Splatterhouse 3.
Esse game marcou época no Megão. Imagine você, caro amigo retroaventureiro, na época em que ligava seu SNES ou MEGA DRIVE e jogava desencanado seu joguinho do Sonic e do Mario, ou qualquer outro dos milhares de jogos estrelados por personagens fofos e cabeçudos que a gente adorava, numa época onde o negócio mais pesado que existia era Castlevania com um zumbizinho aqui, um vampirinho acolá… e de repente você pluga o tal do Splatterhouse no console e descobre que o herói é um verdadeiro maníaco bombado sanguinário que prega os inimigos na parede do fundo do cenário na base da paulada! Resultado? Delírio imediato!
Splatterhouse 2 é o melhor capítulo da série. Muito detalhado, difícil, divertido e desesperadamente longo! Muitas vezes você achará que tudo já acabou, e do nada um monstrengo super difícil surge pra te dizer pera lá rapaz, falta eu! O game é cheio de surpresas, e supre totalmente a ausência do primeiro capítulo da série. E as vezes tem até uns fatálities quando a gente mata os monstros de certa maneira, como quando vencemos um líder usando a serra elétrica: espirra tanto sangue que a tela inteira se pinta de vermelho! HOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
SPLATERHOUSE III
Apenas um ano depois, a NAMCO lança o terceiro capítulo da saga, que poria um final definitivo à história da Máscara do Terror. Imaginem os meus dedos coçando quando eu abri a revista e me deparei com a matéria de SplatterHouse 3, isso logo após ter terminado o segundo!! Corri na locadora na mesma hora, mas infelizmente o game demorou alguns meses pra chegar. Bom, chegou, e eu joguei, e muito!
Splatterhouse III era bem diferente, fugia bastante do padrão da série, pois agora o game se tornava uma mistureba de game de exploração com beat em up clássico estilo Streets of Rage e não mais em side scroll como os 2 primeiros títulos. O game agora tinha um mapa que mostrava os cômodos da mansão, onde você podia verificar onde você estava, onde já tinha ido, onde poderia ir e em alguns casos, onde deveria ir. Rick agora possuía poderes mutantes temporários proferidos a ele pela mascara, que permitiam que ele ficasse muito mais bombado e capaz de desferir golpes ala Zangief, como um pilão que devastava os inimigos, e alguns especiais fortíssimos de ataque em área.
A história é a seguinte: 5 anos se passaram desde a última chacina proferida por Rick na segunda mansão. Ele e sua esposa e ex-defunta Jennifer moram em uma bela casa e tem um filho chamado David. Com uma vida nova e aparentemente cheia da grana, Rick tenta esquecer o terror do passado, mas agora, tanto tempo depois, a bendita máscara volta a aparecer em seus sonhos, dizendo que a família do herói corre perigo. Ao acordar, ele percebe que sua esposa e filho sumiram, e que a casa esta sendo invadida por uma certa tropa de monstros sem-teto que tiveram suas duas mansões destruídas por um careca anabolizado de máscara. Rick aceita então mais uma vez a ajuda da máscara, e para infelicidade da monstraiada, se transforma de novo no sádico bombado desossador de monstros invasores.
Mais algumas coisas interessantes foram implementadas no game, como um relógio que conta o tempo da missão, e que por acaso é o tempo de vida da sua família também. Portanto, melhor não se atrasar, senão sua esposa vai virar defunta (de novo) e depois será a vez do seu pimpolho. Por outro lado, se as missões forem completadas com mais de 2 minutos de folga, Rick é tele transportado para um estágio bônus, onde é possível descolar HP e umas vidas extras de vez em quando. E neste capítulo, também é a primeira vez em que a máscara realmente conversa com Rick, confirmando que ela tem consciência própria.
Atenção SPOILLER NO PARÁGRAFO: Durante a aventura, Rick descobre que um ser chamado Evil One, que estava aprisionado em outra dimensão, aproveitou uma brecha dimensional causada por um eclipse para voltar, e como havia ficado uma eternidade sem nada pra fazer, aproveitou o tempo para criar planos de dominação mundial à começar pela nova casa de Rick. Mas por quê logo na casa nova do rapaz? É só azar mesmo? Não, é que o tal do Evil One, pra poder voltar completamente, necessita de um ritual que será feito com o filho do herói, que carrega algo especial e misterioso aparentemente herdado dos pais. Tá, é azar também! Primeiro eles querem a mulher pra ritual, depois eles querem o filho?? Tem coisa errada aí! Bem, mas continuando, a máscara tinha outros planos para Rick desde o início: ela na verdade, era uma entidade maligna que já previa a volta do Evil One, e precisava de alguém que pudesse segurá-lo até que ela se fortalecesse o suficiente para que seu portador tivesse poder para destruí-lo.
Assim foi nos 2 primeiros capítulos, onde a máscara na verdade apenas usou Rick para que o Evil One não voltasse ainda. Com seu poder máximo restaurado, a mascara aguardou o momento certo para juntamente com Rick, destruir o Evil One, e agora que a concorrência não existe mais, ela finalmente se revela e vai querer tocar o terror na Terra. Cabe a Rick espancar mais esse último inimigo. O final varia, você pode salvar todo mundo, não salvar ninguém, ou salvar apenas a esposa ou o filho, totalizando 4 finais, mas o que não muda é que independente de qual final você conseguir, a máscara MAIS UMA VEZ se estilhaça, e é fim da linha para a monstraiada.
Após o término de SplatterHouse 3, pude comprovar que este é o menos violento dos 3 games, menos sanguinário e menos sádico, mas nem por isso ele deixa de ser divertido, assustador, tenso e meio psicótico. Os monstros não explodem mais daquele jeito legal que a gente fazia nos outros games, nem grudam mais na parede com as pauladas, mas ainda existem cabeças explodindo e pedaços de monstros caindo pelos corredores da casa, e o protagonista tem uns golpes bem originais que fazem bastante estrago na bicharada. A história é muito mais profunda e bem contada que os dois primeiros, incluindo agora as cut cenes com imagens digitalizadas de pessoas reais que deram um charme difícil de se ver na época. A mudança de perspectiva gráfica não fez tão mau assim, o climão de pancadaria de rua caiu bem, e deixou a aventura bem mais estratégica, tanto que existe quem tenha como episódio favorito este terceiro jogo, e não são poucos!
No final das contas, definitivamente gostei mais do segundo episódio, que mantém a fórmula do original e é mais divertido, mas Splatterhouse 3 fecha com chave de ouro a trilogia de jogos de terror mais sanguinária dos jogos retrôs. São 3 excelentes jogos cheios de ação, uma história convincente, chefes que não acabam mais, e que te deixam desesperado pensando PO NÃO ACABOU AINDA??? e tudo isso envolto a uma atmosfera de terror que jamais foi batida em qualquer outro game daquela geração, ou das passadas, ou até mesmo das que vieram depois.
Confessem, tinha série melhor pra representar o Halloween no Retroplayers?
Fim
O slogan do antigo RetroPlayers ainda vale pra mim: “também to morto mas tô aí!”
E muito bem acompanhado =)