Esta é a terceira parte do especial onde estamos trazendo a nossos queridos amigos retro-aventureiros os melhores Shmups lançados no 16bits da Sega. Já passaram por aqui os clássicos Thunder Force II e Gley Lancer, e se você chegou atrasado e não sabe do que estamos falando, não fique acanhado não, pois no final do post tem o link bonitinho para as matérias destes dois títulos! E ainda tem muito jogo pela frente, então vamos voando para a próxima análise.
Nossa jornada continua com este belo shooter de scroll vertical, produzido pela competente Compile, empresa que se especializou em games do gênero. M.U.S.H.A. faz parte da bem sucedida série Aleste, muito popular no Japão e que teve início no saudoso MSX. Sempre com nomes diferentes, seus games tem aparecido em vários consoles, como o Master System, PC Engine, Game Gear, Super Nintendo e Sega CD. Infelizmente este é o único título a dar as caras no Mega Drive. Seu nome, como aparece na tela título, é um acrônimo de Metallic Uniframe Super Hybrid Armor e a versão japonesa recebeu o nome de Musha Aleste: Full Metal Fighter Ellinor.
Estamos em 2290. A humanidade se espalhou por todo o sistema solar através de colônias espaciais. Uma delas, chamada LaGrange Gamma foi equipada com um super computador dotado de extrema inteligência. De tão inteligente, Dire51 como é conhecido, se achou no direito de comandar a tudo e a todos. Enquanto os cientistas estudavam uma forma de reparar um possível defeito na máquina, Dire51 havia desenvolvido um novo tipo de exército altamente armado, ordenando um ataque ao planeta Terra. Afim de evitar a investida inimiga, os líderes terráqueos enviaram o esquadrão Musha para a batalha, mas a equipe toda foi abatida e sobrou pra você o árduo trabalho de livrar a Terra de um terrível destino.
Saindo um pouco do tradicional, você comanda uma unidade mecha (os famosos robozões voadores japoneses) e não uma nave propriamente dita. De acordo ao manual americano do game, estes veículos foram desenvolvidos inicialmente para uso em trabalhos de construções espaciais, mas sofreram adaptações para fins militares quando a coisa esquentou. Durante as batalhas, é possível equipar até duas armas distintas, e além da principal, existe a especial, que pode receber até quatro níveis de upgrade. Estas, além de cumprirem o seu principal objetivo, também ajudam a servir de proteção para seu mecha, pois ao ser atingido, são elas que vão embora antes de seu veículo explodir. A munição é ilimitada, e o legal (e praticamente obrigatório) é que você pode usar ambas as armas simultaneamente, pressionando ao mesmo tempo os botões correspondentes a cada uma. Ao tomar alguns hits, você perderá a arma especial, mas o nível de powerUp dela permanece até que se perca uma vida. Desta forma é possível continuar com o mesmo poder destrutivo quando a próxima arma for coletada. Só não é possível permanecer com mais de uma delas em estoque, devendo você ir trocando de arma conforme elas forem aparecendo.
Aquele bom e velho especial que elimina tudo na tela inteira faz muita falta, principalmente por que o mecha é relativamente grande, e isso, além de o tornar um alvo bem visível aos inimigos que o caçam implacavelmente, ainda deixa a missão de se esquivar pelo meio dos tiros muito mais difícil, pois a tela se enche deles e o mecha sempre acaba encostando em algo que o faz perder preciosos power ups e canhões secundários.
Como de praxe, você poderá ser auxiliado por até duas “naves” menores que se unem à sua unidade, tornando seu poder de fogo mais destrutivo. É possível também manter um pequeno estoque destas excelentes ajudantes, para quando alguma delas for destruída. Um dos botões permite alternar entre as formações de ataque de suas aliadas, o que é extremamente útil pois permite atingir inimigos que não puderem ser encarados de frente. Jogando você perceberá que algumas são mais eficientes que outras dependendo da situação. As configurações são:
Foward: atacam sempre para frente, concentrando os tiros deles com os seus;
Back: quando cuidam de sua reta-guarda;
3Way: focam seus tiros nas extremidades esquerda e direita superiores da tela;
Reverse: os droids atiram na direção oposta ao seu movimento;
Roll: giram em torno de seu mecha, atirando para todos os lados;
Free: perseguem e destroem alvos por conta própria (desligue em inimigos mais fortes para não sacrificá-los).
Como é comum em alguns shooters, um recurso que está disponível é a possibilidade de regular a velocidade de seu mecha, o que só pode ser feito em modo pause. Basta usar o direcional para esquerda ou direita e modificar o nível a seu gosto ou necessidade.
Peça super procurada entre os colecionadores, M.U.S.H.A. traz bons gráficos, bom som e uma jogabilidade empolgante. Ele começa fácil e rapidamente passa a exigir toda a sua habilidade. Mas infelizmente é um game curto e com alguma prática logo se chega ao seu final. A grande sacada é tentar manter o seus power ups sempre elevados, pois sem isso, torna-se quase impossível vencer os inimigos. Os continues são ilimitados, mas lhe colocam apenas no início da última fase alcançada. De qualquer forma, este é sem dúvida um belo shooter, que não pode passar despercebido por você.

O Jeff é veterano que começou a jogar games com um Bit System. Ele ama jogos 2D. Criterioso e saudosista, adora os jogos de Nintendinho. Atualmente sua plataforma principal é um PCgamer, Mas jogar é com ele, não importa se num console da Sega, Sony e assim vai!