Hello caríssimos leitores do RetroPlayers! Como vão vocês? Como dizem que a primeira vez é inesquecível, cá estou eu debutando no seu site predileto de velharias gamers, muito prazer ^^.
E pra começar a todo vapor, hoje trarei para vocês um escrito sobre meu jogo de corrida de Fórmula 1 favorito!!! Então, adentrem em seus cockpits e tomem os seus lugares no grid, porque a luz verde* deste Retro Review vai acender agora!!!
Tá, tudo bem! Podem me chamar de idosa… Mas garanto que quem nasceu na década de 80 e pode contar com a boa e velha companhia do nosso querido Megão teve uma grande chance de ter passado boas horinhas de tardes a fio curtindo este game na sala/quarto de casa…
Super Monaco GP é um simulador de corrida de F1 lançado pela SEGA (inicialmente para os arcades) no ano de 1989. Sua principal inspiração, como se deduz pelo próprio título do game, foi o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1. O game foi portado para algumas outras plataformas, dentre elas o Master System, que possui uma versão bastante respeitável para um console de 8 bits, a qual também detém uma boa parcela do meu apreço. Entretanto, no post de hoje, vou discorrer sobre a versão lançada no ano de 1990 para o console de 16 bits da nossa queridinha ‘Service Games’…
Clássico dos games de corrida, Super Monaco GP completou seu jubileu de prata em 2014, mas ainda com espaço cativo no coração e na memória dos fãs, tanto do console quanto do automobilismo em geral. Não obstante a isso, muita gente nem sempre percebia a grande riqueza de detalhes presentes no game.
Vou simplesmente pular os méritos que a “tchurminha” mais nova (olha o velho papo de gente véia aí…kkk) adora usar pra comparar os games atuais com os antigos (gráficos ultra-realistas, escuderias licenciadas, com nomes de pilotos e equipes verdadeiros e mais um monte de baboseiras que o pessoal de hoje acha ser a única coisa relevante em um bom jogo). Creio que além de desnecessário, este assunto já foi mais do que debatido por aqui. Vamos esquecer isso por um instante e reverenciar a capacidade da galera da SEGA por terem conseguido transmitir tanta emoção para o jogo, mesmo sem terem a possibilidade de lançar mão destes elementos à época.
Super Monaco GP propicia ao jogador a sensação de incorporar-se em um piloto de corrida iniciante ao trazer a proposta de princípio de carreira em uma equipe pequena (Classe C). O jogo também acrescenta uma boa dose de desafio ao impor a necessidade de se desafiar e vencer outros pilotos com carros sensivelmente melhores, para poder conquistar espaço e sucesso durante a carreira, ganhando corridas e títulos. É muitíssimo interessante (e importante) a possibilidade de ascensão e evolução no decorrer da jogatina, até porque isso é algo imprescindível caso o jogador esteja com a pretensão de terminar o game, pois é preciso ser campeão em duas temporadas consecutivas para conseguir este feito.
O mais legal é que não somente o jogador pode desafiar outros pilotos, como ele também é desafiado. E pode acabar perdendo a sua posição na melhor escuderia caso não consiga superar os seus rivais.
Sem poder se utilizar de equipes licenciadas, a SEGA precisou “se virar nos 30” para criar um ambiente semelhante ao que se via nas pistas no final da década de 80. Todavia, eles conseguiram cumprir muito bem a missão que lhes fora confiada. Era possível associar sem muita dificuldade as equipes e os pilotos do jogo com os reais que estavam no grid em meados de 89/90, até o próprio Ayrton Senna (que pra quem não sabe era seguista assumido e deu até uns “pitacos” na produção do game) era facilmente reconhecível na pele do temível rival “vilão”: o G. Ceara.
Todas as escuderias do game foram inspiradas em times reais da época, contudo, nem todas eram facilmente reconhecidas. O jogo contava com 16 equipes, sendo elas divididas em 4 categorias (A,B,C e D), com 4 equipes cada uma, sendo que o “candidato a piloto” iniciava sua carreira na pequena (porém simpática) Minarae – o famoso carrinho amarelo e branco que começa desbravando o pedaço mais lento do grid. Não é preciso ser “expert” em F1, pois já dá logo pra perceber que o prezado novato estaria (na vida real) correndo pela Minardi.
Mas vamos à lista comparativa das equipes “virtuais” com as reais:
Categoria A:
– Madonna = McLaren
– Firenze = Ferrari
– Millions = Williams
– Bestowal = Benetton
*Uma curiosidade: O nome ‘Bestowal’ é um trocadilho com “best of all” ou “a melhor de todas”. Se bem que eu prefiro muito mais o trocadilho “best or wall” (melhor ou muro). É muito mais divertido!!! Kkk
Categoria B:
– Blanche = Brabham
– Tyrant = Tyrrell
– Losel = Lotus
– May = March
* Mais um trocadilho, só que agora com os meses do ano…hahaha
Categoria C:
– Bullets = Arrows
– Dardan = Dallara
– Linden = Ligier
– Minarae = Minardi
*Querem mais uma? O G. Ceara começa a segunda temporada (claro, quando se é campeão na primeira. Se não for, ele não aparece) desafiando a Madonna, até então do jogador, correndo pela Bullets, que, com o perdão do trocadilho, corre feito um tiro!!!
Categoria D:
– Rigel = Rial
– Comet = Coloni
– Orchis = Onyx
– ZeroForce = Zakspeed
*Bem, acho que aqui não tem mais nada pra acrescentar não. Dá até dó desses pobres coitadinhos…kkk
Os nomes dos pilotos seguem a mesma linha dos das escuderias. Não farei as devidas comparações, até para que o texto não fique ainda mais longo. Deixo espaço para que os interessados possam pesquisar mais a respeito. Apenas farei menção honrosa aos pilotos “A. Picos” (Nelson Piquet), “M. Hamano” aaahhh mano… (Satoru Nakajima) e também o saudoso Nigel Mansell, sem seu famosíssimo bigode, na pele de“R. Cotman” (e o Cotman é o cara no game!!! Piloto revelação na 1ª temporada, mesmo correndo pela Rigel) além, é claro, do nosso querido e inigualável Ayrton Senna, incorporado na pele do corredor “G. Ceara”, conforme já foi mencionado.
Cada temporada do game conta com 16 pistas, todas elas inspiradas nos circuitos dos países que compunham o calendário automobilístico de 1989. A diferença está na ordem das etapas, já que no game, San Marino (com a maldita curva Tamburello, que ceifou a vida do nosso querido Senna naquele fatídico 1º de maio…) abre o calendário, tendo o Brasil como sequencia e o fechamento com o famoso (e difícil) circuito de Mônaco.
Super Monaco GP é um game de corrida divertido, desafiador e inovador (para a época). O fato de possuir a visão do cockpit e do bico do carro, é um espetáculo a parte e com certeza foi um grande diferencial, já que a maioria dos games de corrida da época somente contavam com a visão do carro “em 3ª pessoa”. O jogo também exige estratégia e um certo “know-how” em algumas pistas, pra não haver perdas de tempo com paradas desnecessárias no pit, bem como cuidado para não se acidentar em batidas verdadeiramente catastróficas em placas e barreiras de pneus; batidas essas que davam um susto danado, pelo som da pancada e o efeito da luz da tela piscando, isso sem falar do amargo que subia na garganta de ver as letras da palavra “RETIRE” dançando na tela. As músicas são muito bem feitas e totalmente arrebatadoras. Não precisa de muito e logo você já se pega cantarolando os clássicos do game. Já as falas não estão tão bem feitas assim, pois parece que é o Pato Donald quem está transmitindo as mensagens pelo rádio da equipe… Mas, apesar disso, elas são cativantes e eu não conheço ninguém que não fique imitando e repetindo as vozinhas com as frases de efeito do jogo!
Um fator bem característico do game, mas que pode ser bastante irritante para alguns apesar de realístico, é o som estridente dos motores dos outros carros. Quando se está no meio daquele bololô de carros, ainda mais se você estiver jogando o game utilizando fones de ouvido, a sensação que dá é que tem um milhão de “vespas assassinas” zumbindo nos nossos ouvidos…
Outra coisa bizarra, mas bem divertida, é o fato de você poder atropelar o carinha de macacão laranja que fica no meio da pista, abanando a bandeira quadriculada no final das corridas. O coitado voa longe quando a gente faz isso e eu sempre me mijo de rir com essa cena…
***Curiosidades Finais***
Sabem aquela modelo loira, de maiô amarelo, que aparece para dar as boas vindas ao jogador na tela da seleção do modo de jogo? Pois é, ela é real! Quando você jogou (ou ainda verá, quando jogar) este game, talvez não tenha feito ideia, mas a moça em questão trata-se de uma pessoa de verdade, que fez até um “relativo sucesso” há alguns aninhos atrás…
A referida moça é ninguém mais, ninguém menos que a modelo ‘Mercy Rooney’, capa da revista “Playboy”, nos Estados Unidos, em dezembro de 1972. Mas vocês podem ir tirando o cavalinho da chuva se pensam em sair por aí cantando a moça, pois mesmo que ela ainda esteja viva, duvido que ainda tenha o mesmo corpinho da época… Mas enfim, não há o que fazer. Cedo ou tarde a idade chega pra todo mundo. Como diz a minha mãe, “Ou fica velho, ou morre novo”. O fato é que as coisas caem e a gente tem que aceitar, não tem outro jeito…kkk
Em fim, uma foto de Mercy foi vista pelos designers tarados da SEGA, que acharam que a moçoila seria ideal para representar a “Paddock Girl” do game, e tudo isso sem que ela soubesse!
Foi só dar uns retoques na imagem e colocar o famoso maiô dourado que Mercy Rooney ficou para sempre sacramentada como a famosa “garota loira da abertura de Super Monaco GP”. Pois é, quem diria hein?? Mas tenho que reconhecer: a moça era mesmo bonita pra caramba!!!
Bem meus queridos, é só tuuudo isso por hoje. Espero que vocês tenham gostado deste escrito. Agradecimentos especiais ao Sr. Caduco por mexer os pauzinhos para que meu trabalho pudesse aparecer aqui no seu site predileto de velharias gamers, e ao meu querido irmão P.H. que me deu inspiração para falar sobre o game. E meus mais sinceros agradecimentos a todos que leram até o fim.
Grande beijo a todos e até a próxima!!!!
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Um dia, uma torta de cereja bateu aqui na porta da redação do Retroplayers. Como a gente adorava torta de cereja, colocamos ela pra dentro! O resto é história =D