Fora comer no Mac Donalds, apertar a campainha alheia e sair correndo, brincar de polícia e ladrão, e jogar videogame, tem mais uma coisa que eu adorava demais fazer quando era criança: ler histórias em quadrinhos. Hoje a gente chama de HQs né, mas na época era gibi, e eu tinha a coleção pseudo completa do Espetacular Homem Aranha, do nº2 ao 115 (eu até sabia onde tinha a nº1 pra vender, mas não tinha grana…), também adorava ler as histórias do Justiceiro e do Motoqueiro Fantasma e seu olhar de penitência, e ainda comprava de vez em quando um X-Men ou Wolverine! Pois é, eu era leitor assíduo de histórias em quadrinhos, e ao mesmo tempo, adorava videogames… Então, caros amigos retroaventureiros, por que diabos foi que eu não joguei Comix Zone naquela época?
A pergunta é bem pertinente: quadrinhos estavam em seu auge não só no Brasil, e vendiam igual água por tudo que é lugar do globo. Ai a divisão norte americana da Sega resolve fazer um jogo baseado nesta adoração que os fãs leitores tinham por este universo, o jogo se revela um baita game de ação muito bem aceito pela crítica especializada mundial, e tudo que era dono de Mega Drive só sabia falar de Comix Zone enquanto eu, fã de quadrinhos, dono de 3 caixas de leite lotadas de gibis dos mais variados títulos, simplesmente não dei a menor atenção ao título. Pode isso Arnaldo?
Não pode não, a regra é clara: dono de Mega Drive que se preza tem que ter jogado Comix Zone, e a falta desta experiência deve ser punida com cartão vermelho, suspensão e perda de mando de 3 jogos no multi-player! Sim, a punição é pesada, mas fato é que eu nunca havia encostado no game, e isso por que ele estava disponível para locação nas duas game locadoras do bairro, imaginem só se não estivesse.
Comix Zone foi lançado em Janeiro de 1995, mas só começou a surgir nas prateleiras tupiniquins perto da metade daquele ano, época em que os Japas já adquiriam suas unidades de Sega Saturn e PlayStation, mas que os consoles de 16 bits ainda tinham muita força no mundo, tanto por que estes novos aparelhos só chegariam no ocidente após a metade daquele ano e ainda demorariam um pouco até se firmarem. Eu nem sei quando foi que o game apareceu lá pelas minhas bandas, mas sei que era bem difícil o cartucho estar disponível para locação. Só que eu inexplicavelmente não ligava… Apesar dele estampar capas e páginas de várias revistas da época que o apontavam como um dos melhores games do Mega, e apesar dele ser baseado em algo que eu adorava tanto, eu olhava as matérias, lia e passava batido. Eu não me interessava, e nem sei por que. Lembro até que por várias vezes, eu cheguei a pegar a caixinha do jogo, ficava admirando (ou seria melhor, analisando?) a frente dela com o herói vindo do fundo e o enorme COMIX ZONE estampado, via as fotos atrás dela, lia a descrição… e acabava colocando de volta na prateleira e pegando outra coisa, geralmente Valis III ou Streets of Rage 3, que eu não cansava de jogar.
E assim o tempo passou, eu parei de jogar os games de 16 bits e adentrei na nova geração de consoles, as game locadoras fecharam, e o tal do Comix Zone se tornou um fantasma que só aparecia de vez em quando em alguma pesquisa no Google, algum bate papo, ou alguma lista do tipo “The Best of Mega Drive“. O status de fantasma perdurou até o dia em que o Retroplayers completou 3 anos de vida, onde alguns acontecimentos acabaram por colocar o cultuado game na minha frente para que eu o jogasse à força.
Caros amigos, não deve ser do conhecimento de todos ainda que o ED não faz mais parte da equipe Retroplayers, não é? Então agora é: alguns conflitos de interesse que não vem ao caso acabaram por colocar um fim à contribuição do maldito hater de Zelda aqui no seu site preferido de velharias gamers, e ele seguiu seu caminho e logo deverá aparecer com algum projeto novo por ai em algum site que certamente será parceiro aqui do Retroplayers. Mas não lamentem, pois há coisas que acontecem para o bem geral, e acredito que a saída dele fará bem para ambas as partes. Só que vocês devem bem se lembrar que o Retroplayers faz no momento um especial de aniversário onde estamos destrinchando games escolhidos por vocês leitores em votação realizada aqui mesmo, e Comix Zone foi um dos games mais votados da peleja. Agora adivinhem quem estava encarregado de fazer o review deste game? Pois é, o ED! E como ele não esta mais na equipe, sobrou pra quem?
Eu até tentei passar para alguém da equipe a missão de falar sobre o game, mas especialistas em Mega Drive somos eu e o Jeff só, e ele estava bem ocupado para a tarefa. Os demais membros não haviam jogado, então eu tive que começar a me conformar em jogar finalmente o tal do Comix Zone.
Comecei pensando no fato de que um game tão bem votado, que conseguiu ficar entre os 8 selecionados dos leitores, de forma alguma poderia ser um game ruim, depois comecei a buscar motivos em minha memória que pudessem justificar essa inadimplência para com o meu console favorito. Não encontrei nada. Decidi, então, parar de pensar e coloquei o jogo pra rodar… Meu Deus, o que eu estava perdendo?
Embasbacado, essa é a palavra certa para descrever o que senti ao ligar o aparelho e ouvir a aquela voz forte, nítida, dizendo “seeeeEEEGA!” de maneira muito diferente do tradicional, seguida depois de uma imagem que se desenrola pra baixo para que a tela de título do game pudesse aparecer. Comix Zone já começava me surpreendendo. Poucos segundos depois, o game mostra automaticamente a apresentação: Sketch Turner é um cartunista rockeiro bom de briga que tem uma ratazana de estimação, e em uma noite feia cheia de relâmpagos que anunciavam a iminente tempestade que se aproximava, ele passava para o papel aquilo que seria a sua mais nova criação cartunesca, baseada totalmente em alguns pesadelos que ele vinha tendo nos últimos anos: a HQ Comix Zone. O quadrinho falava de uma invasão alienígena ao planeta terra, onde uma força especial de defesa tentava desesperadamente conter o avanço dos ETs. À frente da resistência, estava a General Alissa Cyan, e esta acreditava que um “escolhido” apareceria para ajudar a por um fim na escória alienígena de uma vez por todas. Heis que então, um raio atinge a página da revista que Turner desenhava, e os pesadelos do cartunista começam a se tornar realidade: o vilão Mortus, líder dos alienígenas, sai da página e joga Turner para dentro de sua própria criação, onde ele deve lutar para se manter vivo a fim de que o vilão não troque totalmente de lugar com ele, obtendo assim, um corpo real. Turner encontra então a bela General Alissa (que muito provavelmente, é bem mais que uma simples criação da cabeça dele), que prontamente diz que o cartunista é o tal do “the chosen one”, e o envia na missão de se infiltrar nos domínios de Mortus. Turner aceita, tanto por que ele sabe que algo ali em sua obra é o que mantém o vilão no mundo real, e ele vai desbravar as páginas da revista uma a uma à procura disso.
Basicamente o game é um Beat ‘em Up side scroll onde a gente só se movimenta da esquerda para a direita, ou seja, sem aquela movimentação para cima e para baixo como em Beat ‘em Ups mais clássicos, do tipo Streets of Rage e Golde Axe. São 3 capítulos cada um com 2 fases, totalizando 6 etapas. Cada tela representa um quadrinho da página da revista, e quando detonamos todos os inimigos do local, setas aparecem para indicar o próximo quadrinho que invadiremos, e assim seguimos até o final da fase, que teoricamente representa uma página inteira cheia de quadrinhos a serem explorados. A ação acontece na base da mais pura e boa porradaria, com direito a socos, chutes, combos, golpes finais, voadoras, agarrões, um repertório que deixaria o Ryu com inveja sem a menor modéstia, e tudo executado com muita intuitividade apenas com combinações entre o direcional e os 3 botões básicos do Mega, ficando os botões X, Y e Z para o armazenamento e utilização de itens recolhidos durante as travessias, algo bem semelhante ao visto em Ocarina of Time, onde armazenamos itens nos botões amarelos do controle do N64. O game foi desenvolvido para ser jogado no controle de 6 botões do Mega, mas é possível se jogar no de 3, onde o botão C, que originalmente serve para executar a defesa manual ou um golpe especial escolhido dentre uma lista no menu de opções, se transforma em um tipo de SELECT para a utilização dos itens, o que torna o game MUITO mais difícil. E acredite, você definitivamente não vai querer jogar em um controle de 3 botões, pois Comix Zone no de 6 já é difícil pra caramba!
Graficamente o game é surpreendente: os cenários são uma mistura de temas que vão do pós apocalíptico a laboratórios secretos muito bem desenhados, tudo construído e colorido magistralmente de forma parecer uma HQ ao mesmo tempo que não destoa do herói e dos inimigos que vão aparecendo, que por sinal, possuem sprites únicos enormes, dos maiores que já se viu no console. A animação é um caso a parte: cada um dos vários movimentos e golpes do herói foram desenhados com um cuidado tão grande que deixa no chinelo muito game de luta por ai. Turner realmente parece um mestre shaolin despachando sopapos e pontapés em inimigos que voam com a força das porradas e as vezes até atravessam as paredes dos cenários, caindo no quadrado seguinte. Claro que a mesma quantidade de sprites animados não foi utilizada nos inimigos tanto por que não precisava, uma vez que eles não tem tantos golpes e movimentos diferentes quanto Turner. Mas ainda assim, cada uma de suas ações foi desenhada com um cuidado exemplar, e as vezes, dá a impressão de que estamos enfrentando algum inimigo em um game do tipo Street Fighter tamanha trocação de porrada! Nada fica atrás na parte visual, nada foi mau feito, tudo combina e parece fazer parte de uma HQ, do herói ao mais feio mutante que você encontrará no game. Em contrapartida, os cenários são pobres em efeitos especiais e animações: o plano de fundo é fixo, não existem camadas sobrepostas para causar aquele efeito de profundidade tão abundante nos games de Mega Drive, quase não existem detalhes animados no cenário como o vento balançando folhas ou outras coisas, efeitos de luz ou transparência pode esquecer… no máximo a tela dá uma clareada quando alguma bomba explode, que por sinal, é uma animação extremamente bem feita e muito convincente, mas que, dependendo da força e da sequência de bombas, pode sobrecarregar a quantidade de sprites na tela, causando lentidão e um flicker bem incômodo (acontecerá pelo menos 1 vez no game). Claro, são pontos faltantes ou falhos, mas que até ajudam a manter o clima de história em quadrinhos do game, então nem podemos reclamar muito pois o que realmente interessa, está praticamente irretocável.
Das primeiras vezes que joguei Comix Zone, fiz aquele laboratório para identificar a configuração de botões que mais combinasse comigo, e isso é algo essencial para quem vai começar a jogar, tanto por que o game exige muito reflexo e rapidez nos comandos. Os inimigos não dão folga, muitas vezes vem em bandos e dão muito trabalho para serem derrotados. A a.i. deles é bem apurada: se você utilizar muitas voadoras no mesmo inimigo, eles começarão a te acertar no alto impedindo que seu golpe continue tendo efeito, se você usar muita rasteira, eles começam a pular em você com voadoras, se você usar muito o mesmo combo, eles começam a defender e contra atacar, e por aí vai. É importante variar os golpes o máximo possível, mas é inegável que existam aqueles sopapos que sempre serão mais efetivos em determinados inimigos. O botão de comando customizado em especial é muito importante, e será usado à exaustão nas lutas: ele é um atalho para um golpe muito forte que normalmente só é desferido após uma sequência específica de ataques, e como são movimentos devastadores e extremamente úteis, é comum o jogador escolher um deles e o usar a todo momento. É possível escolher o comando de DEFESA MANUAL também para a função, mas eu não achei nada efetivo, uma vez que a defesa automática funciona muito bem. E vale lembrar que no controle de 3 botões, esta função de botão customizável não existe… Entendeu por quê o game é muito mais difícil sem o controle de 6 botões?
Mas Comix Zone não é só pancadaria não, a parte de exploração também existe, e a sua ratazana de estimação é a grande responsável por ela: em algumas telas, Turner pode encontrar o bicho e guardá-lo no inventário, e quando usado, a rata procura itens pela tela escondidos por detrás da folha onde o cenário foi pintado! Quando a rata acha alguma coisa, ela rasga o papel e o item cai no chão, podendo agora ser usado por Turner. Estes itens são de extrema importância estratégica no jogo… Na sua maioria, servem para causar destruição pela tela: facas, bombas, granadas, tem até um poder especial que limpa a tela após transformar Turner em um super herói de capa e tudo! Somente um item recupera a energia do herói, e existem poucos na aventura. A rata pode ainda encontrar passagens secretas pelas páginas, e quando o cartunista está em combate, ela é bem útil contra alguns inimigos, por exemplo, os femininos, que saem gritando pedindo por socorro quando a veem. É possível que algum inimigo mate a ratazana, ou ela pode ainda se perder se ficar muito tempo no chão (ela sai da tela como se estivesse escorregando para o quadrinho de baixo), então o uso do bicho sempre deve ser muito bem planejado para que isso não aconteça, por que se acontecer sem que você queira, isso pode significar o GAME OVER, que por sinal, é um dos mais cruéis da história dos games.
Lembra quando eu disse que o game é difícil? Pois então… Vamos falar disso: Turner está preso em um mundo totalmente hostil, abarrotado de inimigos mutantes super perigosos e que sabem brigar muito bem, com enormes buracos assassinos que ele precisa atravessar enquanto troca sopapos com coisas voadoras loucas para derrubá-lo neles, e ele tem pela frente 6 etapas com 1 chefe a cada duas delas para poder se ver livre do pesadelo em que se encontra. Falando assim, não parece lá muito difícil… Só 3 chefes no jogo? 6 fases? Moleza! Mas se eu disser então que Turner não conta com marcador de vidas, e nem recolhe vidas extras durante o jogo? E se eu disser que o ato de SOCAR alguém ou alguma coisa gasta energia, e que durante o jogo temos que dar muita porrada em coisas inanimadas como portas, pedras, bordas de tela, etc? E se eu disser que as garrafinhas que recuperam essa energia só enchem meio HP, e que durante o jogo todo não encontramos nem meia dúzia delas? E se eu falar então que quando a gente vence um chefe, na outra fase a gente perde os itens não utilizados? Tá bom né? Chega? Não senhor: E se eu disser também que o game não tem continues infinitos, e sim, que temos apenas 1 continue POR CAPÍTULO? Imagine assim meu amigo: morreu uma vez no capitulo, CONTINUE, morreu outra vez, é GAME OVER, pode começar tudo de novo do zero. E ainda existe o risco desse mísero continue simplesmente não acontecer! É mole?
Comix Zone é um dos jogos mais implacáveis da geração. A menor falha de estratégia ou falta de atenção pode ocasionar um GAME OVER bem servido, e isso vai acontecer muito até que o jogador possa chegar às últimas etapas do game. Perseverança é algo essencial para quem quiser jogar este game, pois ele testará seus nervos como poucos games conseguem fazer, como Battletoads e Shadow of the Beast, que são difíceis a ponto de fazerem muita gente desistir antes mesmo de começarem a jogar pra valer. E a dificuldade exagerada do título foi a principal causa das poucas críticas negativas que o game recebeu. Estávamos numa época em que era de praxe o herói ter um contador de vidas, continues em número fixo, etc, e Comix Zone tentou quebrar esse paradigma, trazendo aos jogadores uma experiência sufocante, causada principalmente pela falta destes recursos. Eu considero estas críticas um tanto quanto injustas, pois reconheço que Comix Zone se tornaria um game até fácil se ele não tivesse sido feito da maneira que foi.
E põe sufoco nisso: eu juro a vocês, caros amigos retroaventureiros, que eu pensei em desistir de jogar limpo de tanto que esse jogo me bateu. A cada porrada que eu levava, a cada armadilha que eu caía, a cada estratégia que dava errado, eu lamentava a simples perda de energia como se já estivesse prevendo o Game Over logo a frente. Saber que seremos obrigados a refazer o game inteiro se morrermos uma única vez, é uma pressão que pouca gente estava acostumada até mesmo naquela época, hoje em dia então, nem se fala. Um simples buraco fica do tamanho de um abismo quando sabemos que se cairmos nele, o jogo acabará de uma vez.
A necessidade de fazer tudo certinho com o máximo de cuidado, me fez, por exemplo, não prestar atenção alguma à trilha sonora do game! Eu terminava de jogar e o sufoco havia sido tanto que eu não conseguia lembrar de jeito nenhum a música da etapa em que eu estava! Várias vezes eu recorri ao Sound Test do game para escutar as faixas, e lhes asseguro: elas são impressionantes, todas elas. Posso dizer sem modéstia que as músicas de Comix Zone estão, em questão de qualidade do áudio, no topo da cadeia alimentar do console. Simplesmente não parece o som predominantemente agudo do Mega Drive: o que ouvimos é um misto de hard rock com grunge, com uma qualidade que deixa a impressão de que existe algum chip de áudio extra embutido no cartucho. O som possui grave nas batidas, a guitarra é perfeita, o baixo está presente nas notas mais baixas que escutamos ao fundo, é uma completa banda de rock’n roll sendo simulada pelos poucos canais de áudio do Mega Drive. Isso sem contar que o jogo está forrado de efeitos sonoros muito bem feitos e tão nítidos quanto a um áudio de CD, com direito a explosões, coisas quebrando, abrindo, golpes, ações dos inimigos, e uma cacetada de vozes digitalizadas principalmente de Alissa, que chama Turner a todo momento no “rádio” para lhe passar instruções. Como eu costumo dizer, é quase um milagre no 16 bits da Sega, daqueles que provam que muitos games anteriores do console poderiam ter sido muito melhores do que foram se tivessem sido desenvolvidos com menos preguiça, tipo Rock’n Roll Racing, com sua qualidade de áudio terrível e músicas que se interrompiam quando o narrador falava. Incompetência ou preguiça? Eu acho que os dois.
Comix Zone é um game difícil, bem acima do padrão de dificuldade que os games normalmente apresentam, daqueles que fazem os menos perseverantes desistirem logo que o GAME OVER começa a se apresentar, mas que se torna extremamente gratificante e recompensador à medida que conseguimos avançar pelas difíceis fases do jogo. A composição gráfica do título é excelente, a sua parte técnica é impecável, e a trilha sonora é tão boa que nos faz ter certeza de que o console era capaz de muito mais no campo melódico, tanto que essa trilha sonora vinha em versão instrumental, com vocal e tudo, junto do cartucho em um CD Bônus na Europa (a versão EUA também possuía um CD, mas com faixas sonoras que nada tinham a ver com o jogo). Jogá-lo pela primeira vez foi uma experiência muito estranha… Confesso que ainda estava com aquela sensação de desprezo inexplicável pelo game que me fez não desbravá-lo na época, mas passou instantaneamente, e em pouco tempo de jogo, eu já me sentia como se ela nunca tivesse existido. A dificuldade do game me levou de volta aos meus velhos tempos de Phantom System, onde cada jogo novo era uma pedreira a ser demolida, e isso foi bom demais! Só lamento que o game tenha sido lançado tão tardiamente, o que acabou fazendo com que o título não fosse tão apreciado quanto deveria, mas fica a minha satisfação por ter finalmente conhecido Sketch Turner, o cartunista rockeiro de Comix Zone, sujeito que eu não ia com a cara de jeito nenhum, mas que no final das contas, se mostrou um cara muito gente boa.
Fica meu agradecimento ao ED por ter vazado e deixado pra mim a missão de jogar este game kkkkkkkk Valeu hater maledito!
Fim
O slogan do antigo RetroPlayers ainda vale pra mim: “também to morto mas tô aí!”
E muito bem acompanhado =)