Olá amigos retroaventureiros <3!! Eu sou a Clarissa, a nova estagiária aqui do Retroplayers! O chefe me pediu para que eu escreva, quando não estiver buscando um cafezinho ou tirando xérox, alguns “textinhos” sobre jogos antigos (que eu AMO), e espero que vocês gostem ^^!
1994. Ano que foi marcado por vários acontecimentos. Alguns tristes como a morte prematura do nosso querido Ayrton Senna, e acontecimentos incríveis como a conquista do tetracampeonato pela nossa seleção, e o lançamento da mais perfeita animação da Disney, O Rei Leão /.
Foi um ano que marcou também (e muito) a vida dessa humilde garota gamer que vos fala. E não demorou nada pra que eu fizesse uma busca no meu HD de memórias, e lá no fundo do baú, encontrei mais um motivo por 1994 e 1995 terem sido os anos que com certeza mais marcaram minha trajetória no mundo maravilhoso dos videogames e jogatinas. E esse texto que segue lança com muita, MUITA alegria, minha tão estimada estreia aqui no Retroplayers, que não poderia ser mais perfeita senão falando de um dos games/filmes que mais marcaram a minha lúdica infância.
São Paulo, 29 de abril de 1995. Dia de alegria, dia de bolo e festinha de aniversário. Meu aniversário, 11anos. Nessa época , as meninas de 11 anos realmente brincavam como meninas de 11 anos deveriam brincar.
Enquanto eu ajudava minha mãe a enrolar os brigadeiros, meu irmão jogava Sonic na sala no nosso Mega Drivão véio de guerra. Por volta das 19:00 a gente sabia que era hora do meu pai chegar do trabalho. Como era dia de aniversário, eu já sabia que ele chegaria com presentes e agrados, então contava os minutos ansiosa tentando imaginar o que seria dessa vez.
Todos os anos ele vinha com um Playmobil pra cada um e a gente adorava. Só que dessa vez… eis que surge papai: braços abertos e sacola no pulso, ao pé da escada como quem pede recepção acolhedora, festa e algazarra. Eu saí correndo e fui abraçar (abraçar a sacola, claro). Tiro de lá um pacote, corro pra cozinha e digo:
-Mãe, mãaaaaaaaaaaaaaaae o pai trouxe presenteeee!!!
-Abre filhaaa, abreeee, o que será?
O coitado do meu pai ficou na sala né, eu dei aquele sorriso gostoso e me joguei na cama de bruços rasgando desesperadamente aquele papel de presente cor de rosa com bolinhas amarelas, quando de repente, dou de cara com um VHS (que tenho até hoje guardado com muito carinho <3) da animação da Disney, minha preferida que por sinal assisto periodicamente até hoje, The Lion King.
Eu pulei, vibrei, gritei, e comemorei pra caramba! Voltei para a cozinha e meu pai estava lá, agachado esperando aquele abraço e beijo gostoso. Então chega finalmente pra alegria do velho, o momento em que a garotinha do papai pula em seu colo como sinal de agradecimento em meio a beijos e abraços de felicidade. Só que infeliz ou felizmente, não foi bem assim que aconteceu…
Quando eu pulei no colo dele, abri os olhos, franzi as sobrancelhas, e logo ali atrás ouvi algo parecido com a trilha sonora de abertura de The Lion King (O ciclo sem fim). Mas o som era diferente… ‘’Era música de joguinho!!!‘’ (pensei exatamente assim). Minhas mãos soltaram quase que imediatamente a fita que espatifou no chão, e eu corri pra sala pois era de lá que vinha o som.
Eis que me deparo com meu irmão, com os olhos GRUDADOS na TV e penso: Peraí, não é o Sonic, É O REI LEÃO DO MEGA DRIVE!!!
Pois é coleguinhas… Desde que me entendo por gente, meu pai nunca deixou de fazer agrados para um só dos filhos que no caso, somos apenas eu e meu irmão. Clarissa e The Lion King, foi uma história de amor a primeira vista, desde a sala 1, numa quarta-feira à tarde lá no Finado Cine Victória (hoje em dia é uma casa de shows bem máomenos, Victória Hall) em São Caetano do Sul lá no ABC paulista.
Eu ganhei um presentão, daquele tipo que toda criança adoraria ganhar naquela época. A maneira dele de compensar o lado do meu irmão que não fazia aniversário mas também queria presente, foi trazer um cartucho de Mega Drive, logo, os dois ganhariam presentes, e os dois seriam do Rei leão. Sem diferenças, certo? Errado!!! A intenção do paizão foi presentear cada um dos filhotes com agrados do mesmo tema, pra não rolar ciumeira. Para o menino, algo que fosse mais adequado pra meninos (um cartucho) e pra menina a fita da animação… Eu sofri e muito na minha infância com essas questõezinhas de coisas de meninos e coisas de meninas, se é que você, miguxo retroaventureiro me entende… É uma questão cultural posso até dizer, mas sem querer fazer a chata feminista, desde os primórdios, rola uma diferença básica entre presentes de MENINA e presentes de MENINO. E está certo que eu já superei essa parada faz um tempinho, só que o caso é que na época, aquilo me frustrou DEMAIS! Mas isso é assunto para uma oooooutra oportunidade próxima.
Eu amava assistir The Lion King, mas também gostava pra caramba (mesmo) de jogar videogame. E pô, vocês bem sabem como funcionava na nossa infância o lance da disputa entre irmãos por um controle na jogatina, principalmente quando o mais velho dominante era menino. Eu sempre ficava de canto, porque o videogame em si já era dele sabe? Na época do megão, meu pai veio com o console pra ele e um escritório da Barbie pra mim… Oh vida! Cara, eu queria o MEU JOGO, o meu espaço. Eu não queria brincar de casinha, queria é jogar com os meninos aqui da rua depois da escola.
Enfim… como infelizmente meu caríssimo irmão não me fornecia tal possibilidade, comecei a jogar escondida. É, escondida pô! Eu esperava o povo ir dormir, ia pra sala na pontinha do pé, e ficava jogando sozinha no silêncio, sempre depois das 11 da noite. Infelizmente, para o meu desespero, não podia rolar som para não acordar o pessoal de casa, então eu ficava só imaginando as trilhas de cada fase na minha cabeça, o que não era nada difícil, mesmo porque eu ouvia muito enquanto meu irmão jogava!
Cara, os gráficos desse jogo são lindos! É tudo muito bem feitinho, a atmosfera dele te coloca dentro do filme, e esse é O PONTO positivo no game. Cores, cenários, sprites, detalhes como pedras, folhinhas, expressões das personagens, tudo muito fiel à animação. E os itens em forma de insetos dignos de um banquete viscoso e gostoso a lá Timão e Pumba então? É, aqueles bichinhos multicoloridos tem várias utilidades, como extra-bar de energia, rugido pra atordoar os inimigos, garantem entrada nas fases bônus e afins, e eu ficava encantada com tudo isso na mesma proporção do medo que eu sentia de alguém acordar e me ver ali, enfiada em baixo da mesa de centro da sala com o controle do Mega na mão.
Bom, eu como fã do filme, estou aqui já me empolgando e acabei passando a carroça na frente dos bois, então vamos começar pelo início. ^^
Me lembro exatamente o que senti na primeira vez que vi aquela introdução ao som de Ciclo sem Fim, muito emocionante! Em seguida rola aquela animação onde nosso querido babuíno Rafiki apresenta o bebê Simba para toda a galerinha animal de lá de cima, na pedra do Rei, cena clássica no filme, que não poderia faltar no jogo com certeza.
Neste ponto, deixo aqui de lado minha paixão antiga e tudo relacionado a ela, afinal de contas nem sempre a gente gosta desse ou daquele jogo apenas por ser perfeito tecnicamente, né?
Uma coisa que me incomodou pra caramba, principalmente ao jogar ele novamente depois de adulta, foi o lance das animações de transição entre uma fase e outra. Sim, me senti ofendida como fã de carteirinha do filme por faltarem duas cenas que eu considero de suma importância na história: a “morte do paizão Mufasa” após o sufoco do Simba na debandada, e a “transição da infância para a fase adulta” do nosso Herói ao final de Hakuna Matata, ou seria Hatuna Matata?
Pausa para esclarecimentos, tá galera?
Essa é a pergunta que não quer calar. Na versão original do filme, o musical conta com a expressão ”HAKUNA MATATA” certo? E todo mundo que conhece o filme, já deve ter observado que na versão brasileira da música os dubladores cantam ”HATUNA MATATA”. É uma confusão do caramba, a gente nunca sabe como dizer, mas dando as minhas escarafunchadas pela net afora, descobri que a palavra HAKUNA foi censurada pela própria Disney, e foi recomendado aos estúdios brasileiros que trocassem o ”KU” pelo ”TU” , vocês já devem imaginar o porque né? XD
Continuando…
Tudo bem que na época era quase impossível achar algum ser vivo que não conhecesse a história de Simba, mas mesmo assim, ficou sem sentido a transição entre uma fase e outra sem esses momentos sendo retratados, sabe?! Pelo que percebi, rolou um cuidado com detalhezinhos mínimos na produção do jogo que fizeram sim diferença, mas em alguns momentos que deveriam ser muito importantes, Cadê?
Continuando pela sequência do jogo, passando a tela de introdução, começamos a primeira fase: “The Pridelands’’. Baseada no conceito geral dos ambientes da Pedra do Rei, a galera da Westwood Studios, sob a tutela da Virgin Interactive, nos coloca numa fase com caminhos rochosos, muita vegetação, porcos espinho traiçoeiros que a gente derruba na rugida do leãzinho, lagartinhos verdes e linguarudos que torram a nossa santa paciência, além daqueles mosquitinhos azuis que explodem após uma pésada bem dada. Controlar o Simba não é difícil, ele corre que é uma beleza, rola de lado a lado, tem o rugido que assusta os lagartinhos, macacos, e faz os porcos espinho virarem de cabeça pra baixo pra gente poder matar sem lotar as patas de espinhos. Os controles são sensíveis, além da gente poder controlar a altura do salto de uma forma intuitiva: manda um toquinho pro salto baixinho, e soca o dedo no botão pra pular mais alto.
Detalhes como o leãozinho desenhado na árvore pelo Rafiki ser o checkpoint do jogo, também amei!
A ambientação das terras do reino fez jus ao filme, ponto!
Continuando… A música dessa fase em si é com certeza a minha preferida. Eu simplesmente AMEI a versão 16-bits de “This Land”, que originalmente composta pelo mago das trilhas sonoras mais incríveis de Hollywood (pra quem não conhece, esse cara é o Hanz Zimmer), faz o jogo ficar mais delicioso ainda de ser jogado .
Ao final da primeira fase, que para mim é mais pra gente se situar no jogo e sentir os controles do Simba, tem o primeiro chefe: Banzai, a hiena macho que não tem cara de idiota (o nome da doidinha era Ed). Hienas MALDITAS do caramba! Conversando um dia desses com o meu novo chefe, o Sabat, ele me falou uma coisa interessante: “Uma das melhores partes de The Lion King, é xingar!!” e eu concordo com ele. Eu estou aqui só desabafando, porque elas realmente são umas desgraçadas. Difíceis pra caramba de matar, CHAAAATAAS, não rola um padrão de ataque, sabe? As malditas pulam desgovernadas e a gente só pode bater quando ficam cansadas, mas sem elas pra xingar, o jogo não teria a mesma graça, e na persistência (com uma pitada de sorte e paciência) a gente pega a manha.
Na sequência da primeira fase, finalmente a gente se depara com o charme do porco selvagem e fedido mais simpático do mundo: as fases bônus ficam por conta da dupla mais querida de todas, Timão e Pumba. Nessa primeira o suricatozinho encrenqueiro (Timão) vestindo a sainha de ula, (aquela mesma da cena da dancinha clássica no filme onde os dois distraem as hienas), corre pra lá e pra cá na maior rapidez enquanto dispara uma porrada de insetos que valem pontos, energia, vidas, continues e muito mais. O desafio é ir direcionando o Pumba pra colher o maior número possível deles . Difícil viu? Mas uma delícia de jogar, tanto que até deixo ela devidamente registrada aqui no meu save state só pra dar uma jogadinha de vez em quando.
Agora meus queridos, começa o tormento em forma de girafas, macaquinhos coloridos, rabos de rinoceronte, hienas, urubus, e por ai vai. Muita gente reclama do grau de dificuldade do jogo, e eu também não vou negar que aquele lance de ficar assustando os macaquinhos pra conseguir ser jogada na direção certa me irritou profundamente e rendeu vários palavrões bem pronunciados. Pra quem joga pela primeira vez também é tenso ficar se irritando até descobrir que é assustando os orelhudos que a gente consegue sair dali.
A parte das girafas que a gente precisa pular também é irritante, principalmente porque a distância entre uma e outra é sempre diferente, não dá pra manter o mesmo ritmo e ir no mesmo embalo, e se o jogador não prestar muita atenção, as pescoçudas levantam a cabeça e a gente se espatifa na água, mas até aí nada que com prática e umas 5 vidas a menos a gente não resolva.
Nessa parte do jogo, foi quando eu realmente encarei de frente o problema com os continues. Você morre pra caramba até pegar a manha, principalmente quando a girafa te joga nas costas da ema maluca e o desafio é pular por cima daqueles bichinhos cor-de-rosa bizarros (que mais parecem dinossauros) e ainda ter que abaixar no reflexo pra não bater a cabeça nos ninhos e conseguir sobreviver.
O grande problema de The Lion King é que os continues não são ilimitados. Começamos com apenas dois, e recolhemos mais alguns no decorrer da aventura, mas é de matar ter que começar tudo de novo sempre que eles se acabam devido a estas fazes onde se morre adoidado… Mas nem tanto né? Afinal de contas, o jogo é sim divertido e quando não estou nos meus dias de TPM, volto tudo sem reclamar muito. Isso já não acontece quando o jogo está nas mãos dos mais novinhos, crianças no caso: elas ficam loucas para brincar com o joguinho do seu leãozinho favorito dos cinemas, mas logo se deparam com estas situações cabeludas e o que deveria ser uma brincadeira para elas, acaba se tornando uma missão impossível e elas logo desistem do jogo.
Por falar em começar de novo, outro momento do jogo em que isso foi inevitável foi no cemitério de elefantes. Ali quando você pensa que a situação não pode piorar, aparecem aqueles urubus dos infernos. Sim, depois deles, eu quase passei a gostar das hienas. Aquilo sim irrita, porque não existe padrão nem sequência pra você conseguir matar aqueles bichos toscos.
Quando chega o momento onde urubus e hienas se juntam e você tem que tentar eliminar os dois, aí a coisa fica feia. É morrendo e aprendendo galera, não tem jeito mesmo.
O jogo também sacaneia com aqueles insetos venenosos vestindo uma carapuça colorida. Me deixei enganar por eles algumas vezes principalmente na outra fase bônus onde o Timão anda pelo labirintozinho rochoso em busca de bichinhos e paguei o pato ¬¬.
Uma parte muito legal do jogo que vem logo a seguir e impressiona bastante é a debandada, onde a perspectiva do jogo muda, e o Simba vem agora correndo desesperado em direção à tela tentando se desviar das pisadas dos antílopes que correm desenfreados e ao mesmo tempo pulando pelas pedras que aparecem no meio do caminho, um sufoco que a gente acaba superando após algumas vidas a menos. Vale lembrar que essa é uma das fases que agradam muito pela originalidade, você sente o desespero do leãozinho olhando nos seus olhos tentando sobreviver ao caos no meio daquela poeirada toda, além da música que é fiel a um momento tenso do filme.
O que me entristeceu logo em seguida, como eu já mencionei lá em cima, foi o fato de não ter sido retratado na sequência dessa fase, o momento dramático da morte do Rei Mufasa após salvar a vida do filho… O jogo só mostra um flash de cena onde Scar ordena que as hienas persigam e matem o leãozinho. Momento crítico… Nesta parte, o que me pareceu ao começar a jogar, foi que simplesmente copiaram todos os desenhos da primeira fase e pintaram tudo de amarelo e marrom. Falta de criatividade total. Imaginei ali os caras com preguiça copiando a primeira fase e fazendo algumas alterações pensando: “É pinta ali, aqui, troca essa parada de lugar e pronto, nós temos a fase 6 ^^”. Claro, na dificuldade piora um pouquinho, principalmente na hora que a gente tem que se enfiar naquele túnel estreito e sair correndo pra fugir daquela pedra maldita que sai rolando atrás da gente, e sinceramente… ali o jogo rouba na cara dura >.<! Tem também as pedrinhas que ficam caindo do céu (IRRITANTE DEMAIS) mas não podemos ficar reclamando tanto né? Afinal de contas, jogo fácil não tem graça nenhuma!!
Stress por stress, os animaizinhos chatos de Hakuna Matata, não poderiam ser esquecidos jamais: aranhas saltitantes, sapos que cospem na sua cara, e um chefe gorila que te bombardeia loucamente com cocos e te mete uns tapas na cara quando você tenta se aproximar. Fora isso, e aquele trecho da cachoeira que é de tirar qualquer um do sério, a fase é tranquila, bonitinha e agradável (principalmente pela trilha sonora).Achei interessante o Simba começar a fase seguinte já adulto. Muita coisa muda daí pra diante: fica mais difícil, digamos até “pesado” controlar o leão. Ele não mata mais pulando em cima dos inimigos, e nem rola no chão. Dois movimentos de ataque são introduzidos: a arranhada simples, e a arranhada de pé, igual a anterior mas com o leão equilibrado em suas patas traseiras. O rugido chega a se tornar letal em alguns casos. Achei massa a forma como ele ataca as hienas depois de adulto, rola um combate digno de MMA. E é nesse pique que permanecemos por mais algumas fases, onde passamos por momentos literalmente ‘’quentes’’ como a fase das piscinas de lava repleta de onças pintadas pra gente estapear no meio do caminho até chegar no momento mais tenso de todos, aquela fase dos labirintos com caverninhas que te teletransportam de um lugar a outro. Por vezes vivi momentos de tortura e desespero ali. O lugar é EMPESTIADO de hienas nojentas, além de ser difícil demais se situar com tantas cavernas pra escolher sem saber onde vão dar. Com muito custo, chegamos à batalha final… Chega a hora de meter uns tapas no titio Scar. Ter que escalar aquelas rochas com o leão malvado te infernizando não é fácil, eu confesso que cheguei a parar várias vezes ali, e pensei em desistir de raiva, é extremamente cansativo.
O duelo final de The Lion King rola (como no filme) ao topo da pedra do rei, onde nosso herói fica a um passo de morrer, como o nosso saudoso Mufasa. O esquema é ser ligeiro, saber desviar dos golpes que comem uma cacetada de energia, e conseguir empurrar o leão maldito para a ponta da pedra. Andei lendo alguns reviews desse jogo, e fiquei injuriada com alguns comentários que vi… Críticas absurdas, como gente que reclama de tanto sacrifício durante o jogo todo para chegar naquele pé e ficar numa “briguinha de tapas” com o Scar. Cara, isso é exatamente o que ocorre no filme, então eu me pergunto: esse povo queria que o Simba sacasse uma metralhadora, pipocasse o tiozão maldoso, e desse uma assopradinha no cano depois? Ou esse povo só quer contrariar? Bom, quando o tormento acaba, em meio a raios e trovões e uma chuvinha triste, Simba toma seu lugar de direito, continua o legado de Mufasa, e ao som de um mix de This Land + Cycleof Life mais melódico, se iniciam os créditos *—* .
Não posso deixar de fazer uma crítica severa aqui: mais uma vez, pecaram em não encaixar no final uma cena clássica e pra lá de emocionante: cadê o Rafik apresentando a filhinha do Simba e da Nala pra bicharada? Aliás, cadê a Nala? Sarabi? Zazu? Senti muita falta dessas personagens no jogo, mas infelizmente não rolou…Uma pena! Apesar de tudo, devemos lembrar que isso é um jogo, e que apesar de seus erros (muitos deles mencionados acima), existem também muitos acertos. Não adianta esperar que você vá encontrar tudo perfeitamente fiel ao que se vê na animação, mas no geral, como fã do filme, acho que eles conseguiram me proporcionar o prazer de fazer parte da história mesmo que simbolicamente, e é por isso que eu adoro The Lion King do Mega Drive.
Alguns podem até me até me achar boba por isso, mas adoro ler os créditos dos jogos e pesquisar tudo sobre os trabalhos dos artistas envolvidos na produção, principalmente o pessoal da arte em geral, e a gente acaba encontrando cada coisa bacana! Eu reconheço e valorizo muito o trabalho de uma equipe de artistas com um objetivo em comum, e acho que algumas pessoas deveriam parar pra pensar nisso antes de bombardear o trampo dos caras com tanta voracidade. Acho que tudo é uma questão de se analisar, e na boa? Todo mundo está sujeito a cometer erros, mas nesse caso eu tenho certeza de que os acertos, que foram muitos, fazem a jogatina de The Lion King valer a pena! Amei escrever esse review, e mais ainda, ter a oportunidade de compartilhar com vocês a minha história de amor com um jogo que marcou a minha infância, e no que depender de mim, com certeza vai marcar a dos meus filhos quando vierem ao mundo ^^.
- The Lion King também foi lançado para várias outras plataformas, como o SNES, Game Gear, Master System, e computadores AMIGA, cada versão com suas vantagens e desvantagens. As versões para MEGA e SNES são disparadas as melhores!
- A versão de The Lion King para Mega Drive foi premiada como o Melhor Game de Ação de 1994 para o console.
- A versão para AMIGA possui apenas 7 fases! As fase 2, 6 e 9 foram cortadas, e dizem que isso ocorreu após uma ordem para que os programadores fizessem o game em apenas 4 disquetes. Parece que não coube tudo né!
Fim <3
Eu sou a Clarissa, a nova estagiária aqui do Retroplayers! O chefe pediu que eu escrevesse, quando não estiver buscando um cafezinho ou tirando xérox, alguns “textinhos” sobre jogos antigos (que eu AMO), e espero que vocês gostem ^^!