Chegamos ao post de nº 8 pessoal. O Sabat foi seduzido a escrever também sobre os shmups e foi ele o responsável por alguns dos reviews anteriores, inclusive fez uma bela explicação sobre o gênero. Além de mim, é bem provável que outros da equipe contribuam com alguns posts daqui em diante. Então “vamo que vamo” porque ainda tem muito game interessante para mostrarmos e desta vez, Thunder Force III é quem dá as caras no Retroplayers. O segundo título da série (o primeiro no Mega) foi quem abriu esse especial e você pode conferir o seu review através do link no final da leitura. Sigamos então com mais informações de outro belo shmup horizontal.
Existem muitos bons títulos definidos como shmups, que por razões diversas acabam ficando no anonimato, o que não é caso aqui. Com toda certeza, Thunder Force caiu no gosto da galera, o que motivou a surgimento de uma sólida e conhecida franquia, que na medida do possível, soube evoluir como poucas. Tanto é verdade que o terceiro game da série fez o caminho inverso, sendo lançado primeiro num console e posteriormente portado para os arcades, mesmo não trazendo melhorias absurdas em comparação ao original.
Com relação ao game anterior, é claro que houve uma evolução, tanto na parte gráfica quanto sonora. Mas houve também melhorias significativas em sua jogabilidade. Se você jogou Thunder Force II, percebeu que haviam fases exploratórias, onde a rolagem de tela não existia, ou melhor, não havia um ponto de partida e chegada definidos, devendo o jogador encontrar e destruir alvos específicos. Em Thunder Force III este tipo de fase foi abolido e a partir daí, a tradicional rolagem de tela da esquerda para a direita passou a ser utilizada definitivamente pelo resto da franquia.
Da mesma forma como ocorreu do primeiro para o segundo título, os acontecimentos em Thunder Force III se dão após as batalhas do game anterior. A Federação da Galáxia lutou bravamente e deu o seu melhor, porém, mesmo com as baixas sofridas pelos ofensores, havia muito a ser feito. De forma sutil e ardilosa, dispositivos de camuflagem inimigos foram instalados em cinco planetas inicialmente controlados pela Federação e isto vem dificultando a localização exata da principal base inimiga. Em meio a este tempo, ORN tratou de criar um sistema de defesa remoto chamado Cerberus, eficiente em destruir frotas e grandes naves de combate. E como a guerra ainda não estava vencida, algo precisava ser feito. Para evitar ser percebido pelo inimigo, a Federação da Galáxia cria o FOGO LEO-03 Styx, um pequeno, porém poderoso caça de combate que é a nave a ser controlada por você, jogador. Sua missão é adentrar aos planetas, destruir todos os dispositivos de camuflagem, infiltrar-se na sede de ORN e então acabar com o imperador, que na verdade é um poderoso Bio computador. Parece fácil falando assim, mas chegar até esse ponto pode exigir vai lhe exigir empenho e uma boa pontaria.
A linearidade foi parcialmente quebrada em Thunder Force III. O game é composto por 8 fases e você é quem decide em qual das cinco primeiras sua jornada deve começar, sendo possível fazer esta escolha apenas no início, pois as demais fases vem automaticamente. Após passar pelos cinco planetas infestados de inimigos, será necessário enfrentar mais três fases cheias de perigos dentro da fortaleza de ORN. Caso tenha interesse em realizar alguns ajustes antes de ir à batalha, acesse o menu de configurações, pressionando A, B ou C juntamente com o Start.
O sistema de armas é bem semelhante ao utilizado no game anterior, porém, jogando em dificuldade normal, caso seu caça exploda, você só perderá a arma que estava usando no momento em que foi abatido e não todo o arsenal conquistado, fato que ocorria em Thunder Force II. Como não poderia deixar de ser, os chamados Claws, que são os canhões auxiliares de seu caça, também marcam presença em sua jornada, assim como os interessantes e indispensáveis PowerUps. Desta vez a velocidade de sua nave pode ser controlada através de um botão, algo que também não existia nos títulos anteriores da franquia. Isso é muito útil aqui, pois a velocidade de rolagem da tela ou movimentação dos chefes de fase podem variar com frequência. A jogabilidade também está mais fluida e isso obviamente vai exigir mais de seus reflexos. Muitos inimigos se confundem com o cenário e atacam com agilidade, podendo surgir de qualquer lugar. Sendo assim, ficar parado nas extremidades da tela não é nem um pouco inteligente.
O visual dos cenários corresponde às características de cada planeta, sendo estes gelado, quente, oceânico, florestal e cavernoso, alguns mais detalhados que outros, mas todos cheios de armadilhas. São eles: Hydra, Gorgon, Seiren, Haides, e Ellis. Sem os PowerUps se torna muito trabalhoso vencer cada um deles, praticamente impossível sem usar continues. E como eu não poderia deixar de citar, o game está bem mais difícil que o antecessor. Além da eficiência dos inimigos, há elementos naturais no cenário que influenciam bastante, como por exemplo as bolhas aquáticas em Seiren que lhe impulsionam contra as rochas ou as paredes que se movem nas cavernas de Haides. Você vai perceber também que nem sempre é uma boa ideia sair feito um louco atirando, pois isso pode poluir um pouco o visual na tela em momentos que exigem concentração para realizar manobras arriscadas, ou mesmo porque alguns inimigos deixam destroços quando atingidos e isso dificulta bastante o seu trajeto. Sendo assim, atire apenas com convicção. Ao todo são cinco slots de armas disponíveis e o grande barato é que todas elas tem a sua utilidade. Isso porque a formação de ataque inimiga é muito diversificada e tem sempre uma arma mais apropriada que a outra na hora em que a coisa aperta.
Como dito anteriormente, Thunder Force III foi lançado também para os arcades, recebendo o nome Thunder Force AC. As principais diferenças trazidas nesta versão ficam por conta de novos cenários que substituem dois dos originais, algumas alterações na parte sonora, a reutilização de alguns inimigos e cenários do game anterior e, o fato de não ser possível escolher em que fase começar. O game se mostra também mais difícil que a versão para Mega. Um port deste arcade foi lançado para o Super Nintendo com o nome de Thunder Spirits e é o único game da franquia em consoles Nintendo. Talvez o poderio de hardware presente no Mega seja melhor para esse tipo de jogo, razão pela qual o console negro possua muito mais jogos de navinha que o concorrente. Seja no SNES ou no Mega, Thunder Force III é totalmente recomendado, não faz feio e por isso é bem conhecido entre os retro-games. Com certeza é a série mais comentada e também uma das mais famosas e jogadas de todos os tempos.
O último game da franquia no Mega, Thunder Force IV deu um salto de qualidade em relação a seus antecessores e obviamente não deixaremos de falar dele por aqui. E como este especial ainda tem muito a mostrar, você não perde por esperar. Agradecemos mais uma vez a você pela leitura e, por favor, se quiser comentar algo, fique a vontade. Conte-nos qual foi suas experiências com o game e, se não o jogou, não perca a oportunidade. Até a próxima!!
O Jeff é veterano que começou a jogar games com um Bit System. Ele ama jogos 2D. Criterioso e saudosista, adora os jogos de Nintendinho. Atualmente sua plataforma principal é um PCgamer, Mas jogar é com ele, não importa se num console da Sega, Sony e assim vai!